Já se passaram 40 anos desde que a Sony lançou seu primeiro Walkman. O toca-fitas portátil da empresa japonesa mudou a forma como as pessoas ouvem música. Hoje, quase todo mundo conecta seus fones de ouvido durante o trajeto. No entanto, as coisas eram bem diferentes nos anos 70. A música era um luxo que só se podia desfrutar em casa ou dentro do carro. Mesmo os toca-fitas compactos incrivelmente caros eram tão grandes quanto sacolas. Segundo uma lenda, o cofundador da Sony, Masaru Ibuka, que viajava muito, pediu ao vice-presidente executivo da empresa, Norio Ohga, que desenvolvesse um toca-fitas portátil. Norio Ohga então procurou seu melhor engenheiro, Nobutoshi Kihara, para construir uma unidade protótipo. O dispositivo acabou sendo tão bom que a empresa decidiu fabricá-lo em massa. O resultado foi o primeiro Walkman, que permitiu às pessoas desfrutar de música em qualquer lugar. Foi um fenômeno cultural tão grande que o Walkman se tornou sinônimo de tocadores de música portáteis. Vamos passar pelos principais marcos de um produto que ajudou a Sony a dominar a indústria de tecnologia nos anos 80 e 90.

1979 – Walkman TPS-L2

Este foi o primeiro modelo de estéreo pessoal Walkman. A melhor parte deste dispositivo é que ele não era maior do que os cassetes com os quais reproduziria o conteúdo. Foi um triunfo no design industrial. Ele tinha um fator de forma compacto, estética elegante e qualidade de construção robusta. Muitas pessoas não sabem que o primeiro Walkman veio com dois fones de ouvido. Ele também tinha um recurso de linha direta que permitia que os ouvintes conversassem entre si sem tirar os fones de ouvido. A Sony previa vender 5.000 unidades por mês, mas a demanda foi tão grande que a empresa vendeu mais de 50.000 unidades nos primeiros dois meses.

1981 – Walkman WM-2

O Walkman WM-2 não oferecia muitos recursos novos. Era mais uma versão refinada do Walkman original. Resolvendo alguns dos problemas com o modelo anterior, a Sony equipou o WM-2 com mecanismo anti-rolling. Abrir a tampa do dispositivo durante a reprodução da música pode danificar a cabeça magnética do reprodutor. Para corrigir esse problema, a Sony modificou o sistema para liberar todas as chaves se a porta do compartimento de fita for aberta. As pessoas nascidas depois de 2000 nunca serão capazes de apreciar esses avanços tecnológicos porque não conhecem o esforço de dar corda a uma fita cassete.

1983 – Walkman WM-20

Para onde você vai depois de melhorar o já excelente design? Bem, a Sony conseguiu surpreender o mundo da tecnologia ao apresentar um toca-fitas do tamanho aproximado de uma caixa de fita! Tinha uma janela grande e bonita que só parecia legal, mas também útil para revelar o cassete carregado sem ter que abrir a porta do compartimento. Além disso, se você já encaminhou um cassete, entenderá a importância de ver o carretel. Sua cabeça magnética também era facilmente acessível para limpeza. Sim, o leitor de fita teve que ser limpo manualmente com algodão e álcool isopropílico.

1985 – Walkman WM-101

Até 1985, os dispositivos Walkman eram alimentados por pilhas AA descartáveis. Se você fosse viciado em música, teria que comprar muitas baterias. A Sony salvou seus fãs do incômodo e das despesas de comprar baterias ao introduzir uma bateria recarregável no Walkman WM-101. Isso significa que você pode ouvir a música enquanto vai para o escritório e depois carregá-la lá para garantir que não perca suas faixas favoritas no caminho de volta para casa. Como reserva, o Walkman WM-101 também suporta pilhas AA. O dispositivo veio com alguns outros refinamentos, como Auto Reverse que faltava no modelo slim anterior. O modelo pesava 200 gramas, o que é comparável aos smartphones modernos.

1999 – Walkman D-E01

No final dos anos 80, a Sony começou a construir seu portfólio Discman. Como o próprio nome sugere, eram CD players portáteis. A Sony decidiu mudar seu foco da tecnologia de cassetes para os CDs. E na virada do século, a marca japonesa integrou sua série Discman à linha Walkman. O CD Walkman S-E01 veio com a tecnologia de buffer G-shock anti-salto. Leitores de discos convencionais lêem o CD e reproduzem-no imediatamente. Isso significava que, se o disco pulasse, o player interromperia a reprodução da música com um ruído irritante. O player da Sony lê o disco com antecedência e salva uma parte dele na RAM. Agora, quando o disco pula, o CD player preenche a lacuna usando os dados do buffer armazenados na memória do dispositivo. Coisas de alta tecnologia para a época.

CD walkman

Lembro-me de levar o Sony Discman para a faculdade em 2003. Naquela época, eu tinha um Nokia 6510 monocromático. Porém, logo os aparelhos de MP3 começaram a substituir os tocadores de disco portáteis. A Sony também apresentou seus dispositivos Walkman digitais para se manter relevante. No entanto, nessa época, até os telefones com recursos começaram a oferecer suporte à reprodução de música. E, finalmente, com a introdução de smartphones com capacidade multimídia, o mercado de tocadores de música portáteis autônomos desapareceu.

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