Indecente, intrigante, surpreendente, viciante, profano, são algumas palavras que podem descrever a série “Os Borgias”. De fato, a série te prende de uma forma incrível, uma vez que você sempre é pego no meio de redes de intrigas terríveis. Deixo logo o aviso: Se você é um religioso fervoroso, essa série pode não te agradar, pois ela coloca a imagem do Vaticano como uma verdadeira teia de corrupções. Sei que a história da família Borgia realmente existe, porém não sei exatamente onde separar a realidade dos fatos realmente acontecidos e a ficção adicionada pela própria série para tornar a história mais envolvente.

A primeira temporada conta a ascensão de Rodrigo Borgia ao papado, se tornando Alexandre VI, interpretado pelo fantástico Jeremy Irons. Mostra que para isso, ele não mediu esforços, comprando pessoas e votos no Vaticano (não sei se isso é verdade ou fantasia da série). A história se desenrola pelo fato dos inimigos de Rodrigo tentarem tirá-lo do papado, uma vez que ainda existia uma xenofobia pelo fato de um espanhol estar sendo a Vossa Santidade de Roma e do mundo. Além disso, a extrema corrupção dentro do Vaticano transformava-o em um local onde traição, assassinato e mentira era uma realidade bastante normal e cotidiana. Também mostra a batalha entre o papa Alexandre VI e o rei da França, Carlos VIII, que queria depô-lo, uma vez instigado pelo inimigo nº 01 de Rodrigo Borgia: Cardeal Della Rovere.

As histórias secundárias não deixam a desejar. Aborda a vida de Vannozza, a namorada e mãe dos 04 filhos de Rodrigo Borgia; a vida de seu filho mais velho, Cesare Borgia, que é tornado pelo seu pai um cardeal, para que possa ajudar dentro do Vaticano; Juan Borgia, o segundo filho da linhagem, que é tornado o capitão do exército papal; Lucrécia Borgia, lembrada por séculos pela fama de sua beleza, a doce e ingênua menina estava completamente refém das ambições de seu pai; Gioffre Borgia, o mais novo e o menos interessante (segundo a história), uma vez que este quase não aparece.

Ambição e poder são as palavras que movem esse sobrenome, tudo o que é feito é em “nome do poder da família”. De fato, na série, Rodrigo Borgia era devoto aos seus filhos, desde que estes também fosse devotos aos desejos dele. Matar, mentir, trair e enganar, segundo a série, nunca foram problemas para essa família, contanto que eles conseguissem o que queriam. A única mulher a quem Rodrigo Borgia amou, apesar de suas inúmeras amantes, foi a mãe de seus 04 filhos, Vannozza, a quem ele nunca deixou de cuidar.

Um fato interessante a se comentar é o da aparição de Maquiavel (sim, esse Maquiavel que você está pensando mesmo) como amigo de Cesare Borgia. Reza a lenda que o livro “O Principe”, escrito por Maquiavel, foi baseado na vida de Cesare Borgia.

No mais, recomendo bastante a série!!!

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