Um filme baseado no anime do próprio nome. Ghost in the Shell vai além de um simples desenho, uma vez que por trás da história, traz toda uma filosofia a cerca da vida, das máquinas, da robotização e da alma. Para quem gostou do anime, acredito que também irá gostar do filme. Algumas cenas foram quase fieis ao anime e a história foi modificada, logicamente. Se você assistiu ao anime, certamente irá estranhar a história, mas lembrará de várias cenas as quais o filme puxou, de forma meio modificada. Além disso, o filme manteve a música do anime.
O filme conta sobre o “nascimento” de Mira, o primeiro androide a ter um cérebro humano, feita pela empresa Hanka. Ela foi desenvolvida para ser uma arma do chamado setor 09, o qual trava um combate ao terrorismo. Tentando deter um terrorista, Major Mira descobre muito mais sobre ela do que poderia imaginar, entrando em conflito com seu atual “eu”. É nesse momento que a história realmente começa a ser revelada.
A filosofia adotada no filme é a de como humanos irão se robotizar ao passar do tempo, os chamados “aperfeiçoamentos”, melhorias robóticas feitas nos corpos humanos. Hanka tenta controlar Mira, mas o que eles não entendem é que a alma dela foi junto ao cérebro durante o transplante de corpo. Desde o começo do filme, existe todo um questionamento quanto a alma, a identidade que pode ser roubada pelos aperfeiçoamentos, qual o limite entre ser humano e ser robô. O visual do filme me lembrou bastante de “Blade Runner”: as propagandas holográficas gigantes, o visual exótico, as cidades amontoadas sem plantas ou árvores, enfim, um visual futurístico bem parecido com o filme já dito.
Existe uma cena, a qual não posso detalhar muito para não dar spoilers, mas me lembrou bastante de uma cena de Star Wars Episódio 3, a qual Anakin estava só o caco depois das porradas que levou de Obi Wan. Acredito que ficou bem parecida, mas tão parecida que até o braço perdido foi o mesmo, o esquerdo (só não posso dizer de quem era o braço), além de sair se arrastando apenas pelo braço direito. (Anakin, é você?)
Scarlet Johanson dá vida a Major Mira, mostrando mais uma vez todo seu potencial para lutas e personagens fortes. Pilou Asbaek, mais conhecido pelo seu papel em “Game of Thrones” como o vilão Euron Greyjoy, encarna Batou, braço direito de Mira, e o longa também conta com a presença de Juliette Binoche, interpretando a Dra. Ouelet, quem faz o design e dá vida a Mira. Os efeitos especiais estão de primeira, tornando o filme bastante realista. Eu recomendo.