A Ford realiza pesquisas dos limites humanos de percepção de cores em seus veículos globais, como a Nova Ranger e o Novo EcoSport. O objetivo é determinar como a maioria das pessoas, ao olhar para um carro novo rapidamente, pode considerar – muitas vezes de modo subconsciente – se as cores da cabine combinam ou não.

Para os especialistas da Ford, esse julgamento é feito num piscar de olhos e frequentemente é crítico para a opinião de um consumidor sobre a qualidade do veículo. As avaliações “enxergam”, por exemplo, o limite de percepção de tons do interior de um veículo, sem causar reflexos e criando um clima agradável.

Esse conhecimento já foi aplicado no desenvolvimento de carros globais como a Nova Ranger e o Novo EcoSport, que exibem combinações sofisticadas e elegantes de cores, como mostram as fotos internas dos veículos.

Limites de percepção

Para entender os mecanismos dessa avaliação, os engenheiros da Ford medem os limites de percepção de cor do ser humano considerando a sua tolerância a variações sutis de tons nos materiais de acabamento.

As variações de tons ocorrem quando se empregam diferentes materiais, acabamentos e processos de produção. O material usado no revestimento do aro da direção, por exemplo, é diferente do aplicado na sua parte central. Externamente, o plástico usado nos para-choques tem de apresentar a mesma cor e textura das chapas metálicas da carroceria.

Primeira impressão

“A primeira impressão realmente conta quando se trata de comunicar com eficiência a qualidade dos nossos carros, e a cor é um fator chave para isso”, diz Carsten Starke, engenheiro de pesquisa. “Desenvolver testes exaustivos sobre os limites de percepção e tolerância humana para as cores serve para que isso não seja deixado ao acaso.”

Os especialistas do Centro de Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford desenvolveram três programas de testes. Os testes de percepção e tolerância ajudam a garantir que as diversas cores empregadas nos milhares de materiais e acabamentos diferentes usados nos veículos Ford se complementem e combinem uns com os outros – mesmo quando submetidos aos olhos das pessoas mais exigentes.

“Muitos fatores determinam a habilidade das pessoas em identificar variações de cores”, diz Carsten Starke. “Os olhos das pessoas mais jovens são geralmente mais aguçados, enquanto as mulheres são mais sensíveis a cores destoantes. Diferenças muito pequenas de percepção tendem a ser visíveis somente para uma em cada dez pessoas testadas.”

Testes de cores

Os três testes de cores da Ford são:

Teste de percepção de cores – Usando uma tela de computador de alta resolução com calibração de cores, os engenheiros testam a habilidade das pessoas em diferenciar dois tons muito parecidos. Os participantes identificam números de 1 a 9 mostrados em um fundo contrastante. O contraste é reduzido conforme o teste avança, tornando cada vez mais difícil identificar o número.

Teste de tolerância de cor – Este teste mede a tolerância para a diferenciação de cores. Os participantes são convidados a destacar as diferenças entre cartelas, que têm sua textura, tamanho e posição constantemente modificados. As tolerâncias são maiores quando as peças estão mais afastadas. Isso mostra que quando os componentes são montados lado a lado é preciso adotar requisitos de combinação de cores mais rigorosos.

Teste de combinação de cores – Este teste melhora o conhecimento e combinação das cores. Os participantes são convidados novamente a examinar cartelas na tela do computador e mudar a matiz, saturação, brilho e contraste, para identificar as cores que combinam. O mesmo método é usado para ajudar a avaliar a legibilidade de mostradores e instrumentos.

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