Voltando da minha viagem aos EUA, reassisti a esse excelente filme durante o vôo. Não é novo, pois foi filmado em 2003, mas vale a pena demais conferir, uma vez que sua atenção fica grudada 100% do tempo na tela. Se você gosta de samurais, cultura oriental, lutas, ação e bom humor, eu aposto que você vai adorar o filme.
Na época (e arrisco dizer que atualmente também), já havia um bom tempo que a indústria cinematográfica não desenvolvia um filme de ação em estilo épico oriental reunindo enredo, atores e produção de forma tão fantástica. “O Último Samurai” realmente me impressiona por reunir todos os fatores ditos anteriormente somados com uma boa dose de drama, humor, muita espada e política.
A história se passa por volta de 1877, falando sobre a vida do condecorado capitão norte-americano Nathan Algren, vivido por Tom Cruise, que assombrado pelas lembranças da guerra, torna-se um joão ninguém. Até que um dia ele recebe a proposta de liderar o exército imperial japonês contra os rebeldes samurais. Ele topa! Depois daí, ele embarca para o Japão imperial e começa o treinamento com armas de fogo norte-americanas.
Após uma batalha completamente fracassada, Algren é capturado pelos temidos samurais que deram uma peia no exército imperial apenas armados de katanas, arcos e flechas (atente para o detalhe o o exército do imperador estavam usando armas de fogo), e apresentado ao chefe deles, Katsumoto, interpretado por Ken Watanabe. É neste momento que começa realmente o filme, onde Algren vai conhecer e aprender a amar a cultura dos guerreiros.
O filme mostra os dois lados da moeda: o lado do jovem imperador japonês sendo manipulado pela alta burguesia capitalista japonesa cujo único interesse é expandir seus negócios com os estrangeiros, ocidentalizando o Japão; e o lado dos samurais tradicionalistas os quais se agarram em suas raízes tentando manter viva a memória e os ensinamentos de seus ancestrais.
Em meio a muita ação, é mostrado nitidamente o jogo de interesses políticos capitalistas que são atrapalhados pelos honrados e fiéis samurais, pois estes tentam manter o Japão tradicionalista vivo. Por causa disso, a grande aristocracia burguesa decide por fim nos samurais considerados rebeldes.
“O Último Samurai” tem seus momentos dramáticos (o final é de partir o coração, estou logo avisando), suas pitadas de bom humor (imagine você apelidar um escudeiro samurai de bob), boas lutas (é katana voando para um lado, cavalo correndo para o outro) e politicagem. Digo e repito: Vale muito a pena assistir. Super indico!!!