“A Colheita Maldita” é um filme baseado em uma das histórias do mestre do terror Stephen King. Em 1984, fizeram esta adaptação de uma das histórias do livro de contos de terror “Sombras da Noite” (Night Shift), que foi publicado em 1978. A adaptação acabou por se tornar um grande clássico do terror da sétima arte. O sucesso foi tamanho que acabou por render mais sete filmes.
A história é narrada por um dos personagens, que em uma cidade no interior de Nebraska, EUA, crianças e adolescentes matam todos os adultos em prol de uma espécie de religião ditada por uma criança chamada Isaac. Ele prega e incentiva os assassinatos aos adultos, baseado “Naquele” que se revelara atrás do milharal. Isaac tenta manter o controle das outras crianças através do medo e da pregação cega de que ele recebia as ordens do “Deus” que habita atrás do milharal, que é através da sua palavra que o suposto “Deus” se manifesta.
Até ai estava tudo dando certo, exceto pelo fato de Burt, médico recém-formado, que vai assumir um posto no interior e acaba por entrar em Gatlin, a cidade tomada pelas crianças religiosas. Ele e sua namorada, Vicky, passam grandes problemas ao se encontrarem com os psicopatas mirins, que acreditam que o casal deve ser sacrificado para a alegria do que eles nomeiam de “aquele que se revelou atrás do milharal”.
Conta com a participação de Linda Hamilton, a eterna Sarah Connor do “Exterminador do Futuro”, no papel de Vicky, a namorada do médico. O doutor Burton é vivido por Peter Horton. Malakay, um dos fanáticos religiosos, é vivido por um ator ruivo muito conhecido da década de 80, Courtney Gains.
O filme traz uma forte crítica religiosa, onde a fé cega do Isaac contagia os demais e é feita uma espécie de lavagem cerebral, sendo imposta a crença por meio do medo.
Uma cena interessante do filme, a qual não poderia deixar de comentar, é o momento em que o protagonista se encontra diante do milharal e, de repente, este se abre sozinho, mostrando um caminho a ser seguido. Acho que qualquer pessoa em sã consciência saberia que isso é totalmente fora da normalidade e, diferente do protagonista que resolveu seguir o caminho, iria, no mínimo, sair correndo, uma vez que os milhos não deveriam sair da sua frente por livre e espontânea vontade. Esse é um forte dos filmes da década de 80, fazer os personagens ou muito bobos (as mulheres, em sua maioria, só sabem gritar nesses filmes), ou muito irracionais (é sério que você vê algo fora do comum e age normalmente?!). E claro, não poderia faltar: a cena que o personagem cai quando está correndo!! Isso é clássico!!
O interessante de assistir a filmes antigos assim é a nostalgia de ver a tecnologia “avançada” da época como toca-fitas, vidros manuais de carro, mapas de papel (google maps para que te quero?), e coisas que, hoje consideradas obsoletas, foram a felicidades nos olhos das pessoas daquela época.
Como grande fã das histórias de Stephen King, eu recomendo o filme sim. Vale a pena conferir, pois é uma história de terror inteligente. Existe o terror em si, assim como existe a crítica por trás do terror, a crítica ao fanatismo. Recomendo!